domingo, 7 de março de 2021

Como o jiu-jitsu salvou a minha vida

Fala  rapaziada, blz?!

Eu decidi fazer umas postagens sobre jiu-jitsu, algo que como vocês viram no título do post, mudou minha vida e me tirou literalmente da sarjeta.

Pra acertar as ideias na minha cabeça e eu conseguir escrever, vou dividir essa história em 04 momentos, são eles:

01 - A fase de criança (paixão à primeira vista)

02 - Reencontro com a arte (já na fase adulta)

03 - Jiu-jitsu me tirando da sarjeta (tinha 26 anos)

04 - Minha vida atual e os benefícios (33 anos)


01 - A fase de criança (paixão à primeira vista)

Minha história com a arte marcial começa quando eu tinha por volta dos 7 ou 8 anos de idade, quando minha mãe por orientação médica me colocou no judô, segundo ela eu era uma criança agitada.

Conseguimos um kimono emprestado com a vizinha que morava na frente da minha casa, na verdade era um kimono de karatê, as costuras eram diferentes, enfim, e assim fui eu e meu irmão treinar, sem muita estrutura e apoio, mas mesmo assim iniciamos.

Essa experiência foi uma das melhores da minha vida, eu me lembro de ir de bicicleta as terças e quintas treinar, ia agradavelmente pelas ruas do meu bairro observando as luzinhas de pisca-pisca de natal na varandas das casas...lembro como se fosse hoje. Foi uma época que levei bastante a sério, eu treinava duro com os garotos mais velhos e pesados. Lembro também que tinha um menino que chamava Lucas, ele era mais velho e sempre me batia no começo, até que eu fui aprendendo as técnicas e ficando mais duro.

Essa fase não durou por muito tempo, como a grana lá em casa era bastante curta, meus pais tiveram que me tirar de lá.

Já na adolescência literalmente influenciado por alguns filmes de luta, eu ficava sonhando em fazer algum esporte de luta. Como não lembrar dos filmes do Karatê Kid, Dragão Branco, diversos filmes de ninjas e tantos outros que passavam na Sessão da Tarde. 

O tempo foi passando, fui tendo outras responsabilidades e assim passei toda minha adolescência longe dos tatames.


02 - O Reencontro com a arte.

Em 2011 quando já estava com meus 23 anos, no meio da minha formação Acadêmica, surgiu a oportunidade de treinar jiu-jitsu de graça com um professor também de judô que surgiu na época, não me lembro o nome dele, mas me recordo que ele era um excelente faixa preta de jiu-jitsu.

Era impressionante como eu amava estar no tatame treinando, lembro de sempre ir treinar com uma felicidade gigantesca, não sabia explicar o significado daquilo, mas pra mim era diferente estar ali.

No final de 2012 eu me formei e tive que vir morar em Barueri-SP, local que trabalho até hoje. Foi nessa época que minha vida começou a desandar.


03 - Jiu-jitsu me tirando da sarjeta.

No começo de 2013 eu estava num relacionamento amoroso ruim, incorretamente fiz essa pessoa sofrer bastante com infidelidades, falta de atenção e etc. Eu sabia que esse relacionamento não duraria muito, pela distância e pelo meu descontrole emocional.

Cabe ressaltar também que 2013 foi um ano conturbado, nada dava certo na minha vida, eu comecei a sair bastante e beber excessivamente. Cara, quando sua vida pessoal não vai bem, não adianta, nada dará certo pra você. No trabalho as coisas começaram a desandar também, eu chegava atrasado nos compromissos, reuniões, não entregava minhas obrigações no prazo, enfim, eu estava completamente perdido, somado a isso, a distância da família e dos amigos aumentavam minhas frustrações. Foi uma época realmente muito dura pra mim, talvez uma das mais difíceis da minha vida. Eu não tinha motivação pra fazer as coisas, não saía do quarto pra nada, estava na merda.

Foi aí que me bateu aquela lembrança dos treinos e de como eu estava bem naquela época. Realmente foi coisa de Deus, a poucos metros da minha casa tinha uma academia excelente de jiu-jitsu. Lembro do meu primeiro dia chegando e falando com o pessoal, o professor me tratou muito bem, me orientando e me dando aquela motivação inicial.

Eu estava cerca de 06 meses sem treinar, naturalmente quando eu cheguei nesse local, o pessoal me batia sem muito esforço. No começo foi duro, mesmo sem muita vontade de treinar eu ia, porque alguma coisa me dizia que eu deveria estar ali. E aos poucos minha vida foi se encaixando novamente, fui parando de sair, comecei a juntar dinheiro, fui diminuindo a bebida, emagrecendo, ganhando confiança e melhorando meu estado emocional em geral.

04 - Minha vida atual e os benefícios

Quando eu olho pra trás hoje vejo com muita clareza que o jiu-jitsu me colocou no caminho certo, me deu a oportunidade de conhecer pessoas incríveis, de vários lugares do mundo e o melhor de tudo, me deu uma vida nova.

A primeira sensação de melhora foi na minha saúde, sem perceber eu comecei a perder peso, me alimentar melhor e dormir melhor. Depois de cada treino eu fazia minha alimentação rica em proteínas, alongava e ia dormir. No dia seguinte eu fazia outro alongamento, seguido de uma meditação de 5 a 10 min, estava zerado.

Outro fator muito importante que a maioria dos praticantes do jiu-jitsu não percebem é o que está por trás da prática. O que eu já vi o Grande Mestre Rickson Gracie falando sobre o jiu-jitsu invisível, ou seja, os conhecimentos filosóficos que dão ao praticante um entendimento sobre seu corpo, mente e espírito. Acredito bastante que o jiu-jitsu invisível seja a chave para a resolução de muitos problemas psicológicos. Como qualquer outra arte, o jiu-jitsu é uma ferramenta, logo cabe a quem pratica saber como usar.

Enfim, sou muito grato por ter conhecido o jiu-jitsu, acho que se talvez não tivesse travado contato com algo que me colocasse nos eixos, eu pudesse estar numa situação pior.

Muitos outros exemplos podem ser dados de pessoas que melhoraram em todos os sentidos, mas caso você ainda não tenha encontrado algo desse tipo, o qual ame fazer, continue na busca, tente, persista, não tenha medo de experimentar o máximo de coisas, inclua seus filhos nisso também.

Olhando pra trás, hoje eu entendo que cada dificuldade enfrentada foi um tijolo na minha construção de caráter e o jiu-jitsu me proporcionou entender e passar por isso de uma forma mais tranquila, e é claro, me fez curtir muito mais a jornada, acho que esse foi o grande segredo.

Muito obrigado jiu-jitsu!

e

Um abraço do Suburbano









3 comentários:

  1. Que relato, meu amigo, que relato!!! Cada linha um aprendizado diferente hein

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  2. bom relato
    treinei jiu-jitsu por um tempo (cerca de 1 ano) quando era novo, pensei em voltar na casa dos 30, mas força muito as articulações, então prefiro musculação e outras atividades

    "jiu-jitsu invisível" parece um mistura de marketing + misticismo. não que as artes marciais não sejam benéficas pro corpo e pra mente, mas se for pensar na mente prefiro estudar filosofia, psicologia, historia, antropologia etc antes de colocar minhas fichas num conceito tão duvidoso

    nem vou falar na quantidade de "mestres" gracie que já surtaram por aí:
    http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL232903-5606,00-TRAGEDIAS+MARCAM+A+FAMILIA+GRACIE.html


    abs!

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